terça-feira, 22 de setembro de 2009

A festa da democracia

Foi uma festa bonita a homenagem prestada pela Assembleia aos constituintes de 89, nesta segunda-feira (21). O Plenário - onde há 20 anos foi promulgada a Carta mineira - ficou borbulhante de risos, abraços, afagos e lembranças.

Muitos casos foram contados, muitas lembranças compartilhadas nos discursos do relator Bonifácio Mourão, da ex-secretária geral da Mesa da ALMG, Maria Coelli Simões Pires; do vice-governador Antônio Anastasia, que foi consultor da Constituinte; do professor Menelick de Carvalho, que assessorou os trabalhos.
Houve momentos de emoção, como quando o ex-deputado Agostinho Valente pediu a palavra e fez a chamada dos constituintes de 89, processo que é repetido a cada abertura de reunião no Plenário. Ele se emocionou e emocionou o público que aplaudia a cada nome chamado.

E depois, como hoje, eles se reuniram em grupinhos de afinidades e a alegria dominou o reencontro. Todos receberam das mãos do presidente da ALMG, Alberto Pinto Coelho e do 1º secretário, Dinis Pinheiro, um exemplar fac-símile da Constituição de 89.

Ao final, foi intensamente comemorado, o discurso do ex-constituinte Vicente Calicchio, hoje Ouvidor do Estado, que disse: "Fomos uma geração privilegiada pelo convívio com homens do porte de Tancredo Neves, Teotônio Vilela, Ulysses Guimarães e Mário Covas. Eles foram os mentores e artífices da Constituição. Nós apenas participamos", afirmou.

Calicchio condenou os descalabros na área ambiental e lembrou que a democracia exige alternância no poder e não tolera patrimonialismos individuais ou partidários. "A política não pode ser um fim em si mesma. Será que nos esquecemos da diferença entre o bem público e o bem privado?", indagou.
(Foto Ricardo Barbosa)

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